Resenha Suffocation - Manifesto Bar 30/09/2017

Texto e Fotos: Victor Hugo

A sequência de shows legais em São Paulo continua. Sábado, 30 de setembro, foi a vez dos pais do Technical Death Metal, Suffocation, desembarcarem na cidade. Divulgando seu último albúm, o aclamado ...of the Dark Light, a banda veio ao Brasil desfalcada de dois integrantes, o baixista, Derek Boyer, e o vocalista, Frank Mullen, que não faz tour já há algum tempo. Ainda assim, foi um show destruidor..

O Manifesto estava parcialmente ocupado quando o Siriun entrou no palco. Formada no Rio de Janeiro, a banda conta com os integrantes Alexandre Castellan (Guitarra/vocal), Elvis Damigo (guitarra), Ricardo Amorim (baixo) e Braulio Drumond (bateria). Prestes a lançar o primeiro álbum, In Chaos We Trust, o Siriun apresentou um bem executado Death Prog moderno com boa resposta do público presente. Destaca-se a variação das composições que vai do peso do Brutal Death, passando por partes ora melódicas ora dissonantes. 

Depois foi a vez dos guarulhenses do Gestos Grosseiros mostrarem seu Death Metal old school. Com mais de vinte anos de estrada, a veterana banda está no seu terceiro álbum, World’s Hypocrisy. Andy Souza (bateria e vocal), único membro da formação original, Kleber Hora (guitarra) e Eduardo Ossucco (baixo) executaram com competência faixas do álbum mais recente e também músicas mais antigas. Recém-chegados da Europa, a banda agora embarca em uma tour de divulgação pelo norte e nordeste do Brasil. 

O manifesto já estava praticamente lotado quando o Suffocation subiu ao palco. Mesmo com os problemas mencionados, a banda mostrou porque ainda é uma referência quando se trata de Technical Death Metal. Logo nos primeiros sons, “Thrones of Blood” e “Pierced from Within”, o público parecia já ter se esquecido das ausências. Muito por conta do ótimo trabalho do vocalista Kevin Muller mostrou estar plenamente entrosado com o restante da banda. 

Completam a formação o baterista Eric Morotti, o guitarrista Charlie Errigo, e o carismático guitarrista Terrance Hobbs. O massacre sonoro continuou com “Return to the Abyss”, do novo disco, Funeral Inception e aquela que certamente está entre as melhores composições da banda, “Effigy of the Forgotten”. Em seguida vieram “Clarify Through Deprivation” (outra do mais recente álbum), “Liege of Inveracity”, “As Grace Descends” e “Entrails of You”. 

Interessante notar que, durante algumas músicas, quase não havia movimentação por parte do público, tamanha a atenção dedicada ao desempenho dos músicos. Assistir a um concerto do Suffocation, a exemplo de outras bandas de Technical Death, exige do ouvinte um nível intenso de concentração. 
De outra forma, não seria possível perceber tantas variações musicais, típicas do estilo. Vieram, então, “Surgery of Impalement”, “Catatonia” e um monumental encerramento com a violenta “Infecting the Crypts”. Claro que teria sido ótimo ver a banda completa, mas diante das circunstâncias (e apesar delas) foi mais um show memorável do Suffocation em São Paulo. 

Agradecimento especial aos organizadores deste grande evento e a produtora Dark Dimensions.

Postagem: Leo Wacken

4 comentários:

  1. O VOCALISTA FRANK MULLER NÃO FAZ TOURS COM O SUFFOCATION...FAZ UNS 2 ANOS

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    1. Sim, mas ainda faz parte da banda. Tanto que gravou o álbum mais recente

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  2. Ele não pode ir a alguns shows por causa do trabalho.

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  3. Verdade. Devia ter mencionado. Ele ainda faz shows mas não todos.

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